Quais as principais mudanças da reforma tributária

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A reforma tributária é uma das mudanças mais importantes e aguardadas do sistema econômico brasileiro nas últimas décadas.

Mas afinal, quais são as principais mudanças trazidas pela reforma tributária? Como elas impactam as empresas e o bolso dos consumidores?

Neste artigo, a Pavon Contabilidade explica de forma clara e prática tudo o que você precisa saber sobre o novo modelo de tributação, o IVA Dual, os prazos de transição e o que muda na vida de empresários e profissionais liberais.

O que é a reforma tributária?

A reforma tributária é um conjunto de mudanças nas regras de cobrança de impostos, com o objetivo de simplificar o sistema tributário, reduzir a burocracia e aumentar a eficiência da arrecadação.

O Brasil sempre teve um sistema considerado complexo, com dezenas de tributos sobre o consumo (como ICMS, ISS, PIS e Cofins), cada um com regras, prazos e legislações diferentes.

A proposta da reforma busca unificar parte desses impostos e criar um modelo mais simples, com menos obrigações acessórias, maior previsibilidade e neutralidade tributária, ou seja, sem distorcer a competitividade entre empresas.

O novo modelo de tributação: IVA Dual

A principal mudança trazida pela reforma é a criação do IVA Dual (Imposto sobre Valor Agregado Dual), que substituirá cinco tributos atuais sobre o consumo.

Os novos impostos são:

  • CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços): De competência federal, substitui o PIS e a Cofins. 
  • IBS (Imposto sobre Bens e Serviços): De competência estadual e municipal, substitui o ICMS e o ISS.

O termo “Dual” se refere à existência de duas instâncias de arrecadação, uma federal (CBS) e outra compartilhada entre estados e municípios (IBS).

Na prática, o IVA Dual funcionará de forma não cumulativa, permitindo que as empresas descontam créditos de impostos pagos em etapas anteriores da cadeia produtiva. Assim, o tributo incidirá apenas sobre o valor agregado, eliminando a chamada “tributação em cascata”.

Quais impostos serão extintos?

Com a implementação completa da reforma, os seguintes tributos deixarão de existir:

  • PIS (Programa de Integração Social); 
  • Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social); 
  • ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços); 
  • ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza).

Além disso, será criado o Imposto Seletivo (IS), com caráter extrafiscal, que incidirá sobre produtos e serviços nocivos à saúde e ao meio ambiente, como cigarros, bebidas alcoólicas e combustíveis fósseis.

Esse imposto funcionará como uma forma de desestimular o consumo desses itens, semelhante ao que já ocorre em outros países.

Transição gradual até 2033

A reforma tributária será implementada de forma gradual, para que empresas e órgãos públicos possam se adaptar às novas regras.

O cronograma de transição é o seguinte:

  • 2026: Início simbólico da cobrança de 1% apenas para testes e adaptação do sistema. 
  • 2027: Extinção do PIS e da Cofins, com início da cobrança efetiva da CBS. 
  • 2029 a 2032: Redução progressiva do ICMS e ISS, com aumento gradual do IBS. 
  • 2033: Consolidação total do novo modelo, com o fim completo dos tributos antigos e a plena vigência do IVA Dual.

Durante esse período, haverá convivência entre os sistemas, exigindo atenção redobrada na gestão fiscal e contábil das empresas.

Redução da burocracia e digitalização

Outro ponto importante da reforma é a redução da burocracia tributária. Hoje, as empresas precisam lidar com diversas obrigações acessórias diferentes para cada imposto, como SPED, DCTF, GIA e outros documentos.

Com o novo modelo, o objetivo é ter um sistema digital unificado, com nota fiscal integrada e créditos automáticos, simplificando o processo de apuração e pagamento dos impostos.

Isso trará mais transparência, agilidade e segurança para as empresas e reduzirá significativamente os custos com conformidade fiscal (compliance tributário).

Alíquotas e regimes diferenciados

A reforma também prevê alíquotas uniformes, mas com regimes diferenciados para alguns setores da economia.

As alíquotas do IVA Dual ainda serão definidas por lei complementar, mas estima-se que a alíquota padrão fique entre 25% e 27%.

Entretanto, alguns setores terão redução de 60% na alíquota, como:

  • Saúde; 
  • Educação; 
  • Transportes públicos coletivos; 
  • Produtos da cesta básica.

Além disso, o Simples Nacional continuará existindo, com possibilidade de integração parcial ao IVA, para que micro e pequenas empresas mantenham a simplificação tributária sem perder o acesso aos créditos de imposto.

Fim da guerra fiscal entre estados e municípios

Um dos maiores avanços da reforma é o fim da guerra fiscal — a disputa entre estados e municípios para atrair empresas oferecendo benefícios fiscais e isenções de ICMS e ISS.

Com o novo sistema, o imposto será cobrado no destino (local do consumo), e não mais na origem (onde o produto é fabricado).

Isso garante maior equilíbrio na arrecadação e reduz distorções entre as regiões, beneficiando principalmente estados consumidores e desestimulando práticas de concorrência desleal entre governos.

Crédito tributário automático

No modelo atual, muitas empresas enfrentam dificuldades para recuperar créditos de impostos pagos nas etapas anteriores, especialmente de ICMS e PIS/Cofins.

A reforma promete corrigir esse problema, com um sistema de créditos automáticos e eletrônicos, o que deve melhorar o fluxo de caixa e reduzir o custo financeiro das empresas.

Transparência na carga tributária

Outra novidade importante é a exibição da carga tributária nas notas fiscais. Isso permitirá que o consumidor saiba exatamente quanto está pagando de imposto em cada produto ou serviço, aumentando a transparência e a conscientização tributária.

Essa medida também ajuda a estimular o controle social sobre o uso dos recursos públicos e a reduzir a evasão fiscal.

Impactos esperados nas empresas

As mudanças trarão benefícios significativos a médio e longo prazo, mas também exigirão adaptação e investimento inicial.

Empresas precisarão:

  • Atualizar sistemas contábeis e fiscais para o novo modelo; 
  • Treinar equipes para entender as novas regras; 
  • Revisar estratégias de precificação e formação de preço; 
  • Reavaliar contratos e operações interestaduais.

Por outro lado, espera-se que, com o tempo, o novo sistema reduza custos de conformidade, aumente a segurança jurídica e simplifique o dia a dia das empresas.

Conclusão

A reforma tributária representa uma transformação profunda no sistema fiscal brasileiro. 

Com o IVA Dual, a extinção de cinco tributos e a criação de regras mais claras e unificadas, o país dá um passo importante rumo a um ambiente de negócios mais simples, justo e competitivo.

Para as empresas, o desafio agora é planejar a adaptação, manter-se atualizada e contar com o apoio de especialistas para navegar por esse novo cenário.

👉 A Pavon Contabilidade está preparada para ajudar sua empresa a entender, se adaptar e aproveitar as oportunidades da reforma tributária com segurança e eficiência.

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