Custos fixos e variáveis são conceitos fundamentais na gestão financeira de qualquer negócio, desde uma pequena loja a uma grande indústria.
Entender a diferença entre os dois tipos de custos é essencial para planejar corretamente as despesas, precificar produtos e serviços, além de analisar a rentabilidade e a viabilidade de projetos.
Apesar da aparente simplicidade das definições, muita gente ainda confunde esses termos ou não enxerga o impacto real deles na saúde financeira da empresa.
Neste artigo, vamos explicar em profundidade qual a diferença entre custos fixos e variáveis. Se você deseja esclarecer de uma vez por todas esse tema e aperfeiçoar o planejamento financeiro do seu negócio, acompanhe a leitura.
Índice
ToggleO que são custos fixos e variáveis?
Para compreender custos fixos e variáveis, precisamos primeiramente estabelecer que se tratam de duas maneiras distintas de classificar as despesas ou gastos que a empresa possui em suas operações.
A separação em fixos e variáveis é baseada em como cada custo se comporta em relação ao nível de produção ou de vendas.
- Custos Fixos: São aqueles que não se alteram com o volume de produção ou de venda. Em outras palavras, permanecem constantes independentemente de quantas unidades a empresa produz ou comercializa.
- Custos Variáveis: São os que flutuam conforme a quantidade produzida, vendida ou o nível de atividade. Assim, conforme a produção aumenta, os custos variáveis tendem a subir; se a produção cai, os custos também caem.
A aplicação prática dessa classificação ajuda a empresa a entender onde estão as despesas que podem ser ajustadas em períodos de alta e baixa de demanda, além de possibilitar cálculos de rentabilidade e preço de venda mais adequados.
Custos fixos: definição e exemplos
Custos fixos são aqueles que não dependem diretamente do volume de produção ou das vendas do período. Eles existem mesmo se a empresa vender 1.000 unidades ou se vender zero.
Como resultado, costumam ser caracterizados por serem recorrentes, devendo ser pagos independentemente da atividade.
Exemplos de custos fixos:
- Aluguel: O valor pago mensalmente pelo espaço físico da loja, escritório ou fábrica costuma ser fixo, não variando conforme as vendas.
- Salários de pessoal administrativo: Equipe de suporte, gerência ou diretoria, cuja remuneração não está atrelada ao número de produtos vendidos.
- Seguros: Prêmios de seguro contra incêndio, roubo, saúde corporativa, etc.
- Depreciação de máquinas: O custo relacionado à perda de valor de equipamentos ou infraestrutura, calculado de modo linear ao longo do tempo.
- Assinaturas e licenças de software: Taxas mensais ou anuais para utilização de sistemas, plataformas online e demais soluções tecnológicas.
Características principais:
- Constância: Mantêm-se estáveis em cada período, dentro de determinado patamar de atividade.
- Dificuldade de redução: Geralmente, para baixar custos fixos, a empresa tem de tomar decisões estratégicas, como mudar de local ou reduzir pessoal administrativo.
- Influenciam o ponto de equilíbrio: Como não variam com a produção, os custos fixos impactam diretamente no cálculo do ponto em que a receita cobre todos os gastos.
Custos variáveis: definição e exemplos
Por outro lado, custos variáveis são aqueles que se modificam conforme o volume de produção ou vendas.
Sendo assim, se a empresa produz ou vende mais, esses custos aumentam; se reduz a produção ou as vendas, os custos diminuem na mesma proporção.
Exemplos de custos variáveis:
- Matéria-prima: Se uma fábrica de calçados produz mais pares, consome mais couro, borracha, cola etc.
- Embalagens: Quanto mais produtos vendidos, mais embalagens são utilizadas.
- Comissões de vendedores: Pagamento por venda realizada é típico exemplo de custo variável.
- Transporte de mercadorias: Os gastos de frete podem crescer com maiores quantidades expedidas.
- Custo de energia elétrica atrelada à produção: Em alguns casos, se máquinas funcionam mais horas para atender maior demanda, o consumo de energia cresce.
Características principais:
- Proporcionalidade: Em regra, existe uma relação direta entre nível de atividade e o montante do custo variável.
- Maior facilidade de ajuste: Se a empresa quer cortar custos, pode reduzir a produção ou as vendas, que, consequentemente, diminuem os custos variáveis.
- Impacto no custo unitário: Esses gastos afetam o custo por produto ou serviço, sendo essenciais no cálculo de margem de lucro em cada item vendido.
Qual a diferença entre custos fixos e variáveis na prática?
Em termos práticos, a diferença entre custos fixos e variáveis se reflete na forma como as despesas se comportam diante da variação de atividade. Para ilustrar:
- Se você possui uma academia de ginástica, o aluguel do espaço permanece o mesmo independentemente de quantos alunos estão matriculados (custo fixo), enquanto os gastos com água e energia para aquecimento da piscina ou funcionamento dos aparelhos se elevam à medida que mais usuários frequentam o local (custo variável).
- Em um restaurante, o salário do gerente é fixo (um custo que não muda mês a mês com base no volume de clientes), mas a quantidade de alimentos, bebidas e embalagens varia de acordo com a procura, sendo, portanto, custos variáveis.
Em resumo, custos fixos são estáveis no curto prazo e não dependem diretamente do volume de operações, ao passo que custos variáveis sobem ou descem conforme o ritmo de produção ou de vendas.
Importância de diferenciar custos fixos e variáveis
Saber qual a diferença entre custos fixos e variáveis é um item essencial para um bom planejamento financeiro e para a tomada de decisões gerenciais. Entre as principais razões:
Cálculo do ponto de equilíbrio: Ao somar os custos fixos e dividir pela margem de contribuição (preço de venda menos custo variável unitário), descobre-se quantas unidades devem ser vendidas para cobrir todos os gastos.
Precificação de produtos ou serviços: Ao identificar quanto custa produzir cada item (custos variáveis) e quanto se gasta para manter o negócio operando (custos fixos), o empresário consegue estabelecer preços que cubram todos os gastos e gerem lucro.
Análise de lucratividade: Quando o volume de vendas cresce, aumentam também os custos variáveis, mas se esses custos não crescerem de forma desproporcional, a margem de lucro pode se elevar. Já se os custos fixos forem muito altos, pode ser que a empresa precise vender grandes quantidades só para sair do vermelho.
Planejamento e expansão: Ao prever a entrada em novos mercados ou lançar linhas de produtos, é fundamental entender como os custos variáveis serão adicionados e se o incremento das vendas justifica aumentar custos fixos (maior espaço, mais pessoal).
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