No mercado jurídico, muitos profissionais se perguntam se vale a pena atuar como advogado PJ (Pessoa Jurídica).
O modelo de atuação como advogado PJ vem ganhando popularidade, principalmente por suas vantagens tributárias e flexibilidade na prestação de serviços.
Neste artigo, vamos explorar as principais razões pelas quais se tornar um advogado PJ pode ser vantajoso, além de explicar as etapas necessárias para abrir um CNPJ e as possíveis desvantagens.
O que significa ser um advogado PJ?
Ser um advogado PJ significa que, em vez de atuar como pessoa física, o advogado formaliza uma empresa, geralmente na forma de uma sociedade unipessoal ou uma sociedade limitada, para prestar serviços jurídicos.
Essa estrutura permite que o advogado tenha um CNPJ, emitindo notas fiscais e adotando um regime tributário empresarial, o que pode resultar em benefícios financeiros e operacionais.
Um advogado PJ também pode firmar contratos com empresas e outras pessoas jurídicas, o que muitas vezes é exigido por clientes corporativos que preferem contratar serviços de empresas do que de pessoas físicas.
Além disso, a possibilidade de contratação de funcionários e de ter um escritório de advocacia formalizado pode trazer mais oportunidades e credibilidade para o profissional.
Vantagens de ser advogado PJ
Há várias vantagens que tornam atraente a opção de se tornar um advogado PJ, e essas vantagens vão desde aspectos tributários até a flexibilidade para expandir o negócio.
1.Redução da carga tributária
Uma das principais vantagens de atuar como advogado PJ é a redução da carga tributária. Como pessoa física, os honorários advocatícios estão sujeitos ao Imposto de Renda com alíquotas que podem chegar a até 27,5%.
Já como pessoa jurídica, o advogado pode optar pelo Simples Nacional, um regime fiscal com alíquotas bem menores, que podem iniciar em apenas 4,5% sobre os rendimentos do advogado.
2.Facilidade para emitir notas fiscais
Outro benefício importante de ser um advogado PJ é a possibilidade de emitir notas fiscais.
Na prática, isso é essencial para advogados que prestam serviços para empresas, que frequentemente exigem a emissão de nota fiscal.
Ao ter um CNPJ, o advogado também pode se organizar melhor financeiramente, mantendo uma gestão mais eficiente de seus recebimentos e despesas.
Com um controle financeiro mais rigoroso, é possível monitorar melhor o fluxo de caixa, identificar os custos operacionais e gerenciar o pagamento de tributos, evitando problemas com a Receita Federal.
3.Credibilidade no mercado corporativo
Empresas e grandes corporações costumam preferir contratar advogados que atuam como PJ, pois isso oferece mais segurança e formalidade ao relacionamento profissional.
Para advogados que desejam atuar nesse nicho, formalizar-se como advogado PJ aumenta a credibilidade e abre novas oportunidades de trabalho.
Contratos com grandes clientes frequentemente exigem a formalização do serviço por meio de uma empresa, o que torna essencial a transição para advogado PJ.
4.Possibilidade de expansão
Quando o advogado opta por atuar como PJ, ele tem mais facilidade para expandir seu negócio. É possível contratar funcionários, abrir filiais e estabelecer uma estrutura empresarial maior.
A transição para advogado PJ permite que o profissional tenha uma equipe de trabalho, dividindo tarefas e aumentando a capacidade de atendimento a mais clientes.
Dessa forma, o advogado PJ pode expandir seu escritório de advocacia, se destacando no mercado e atendendo a uma base maior de clientes.
Como abrir um CNPJ para advogado PJ?
Se você é advogado e decidiu que vale a pena atuar como advogado PJ, o próximo passo é abrir seu CNPJ.
Logo abaixo estão os passos básicos para formalizar suas atividades como pessoa jurídica, e com isso, começar a aproveitar os benefícios dessa decisão.
1.Escolha do tipo de empresa
O primeiro passo é escolher o tipo de empresa que você vai abrir. Para advogados, as opções mais comuns são:
- Sociedade Unipessoal de Advocacia (SUA): Ideal para advogados que querem atuar de forma individual, sem sócios.
- Sociedade Simples (SS): Para advogados que desejam ter sócios e dividir responsabilidades no negócio.
Ambos os tipos de empresa oferecem vantagens, dependendo das suas necessidades.
2.Definição do regime tributário
Como mencionamos anteriormente, a escolha do regime tributário é uma das etapas mais importantes para o advogado PJ.
A maioria opta pelo Simples Nacional, mas também é possível escolher o Lucro Presumido ou Lucro Real, dependendo do faturamento e das características do escritório de advocacia.
3.Registro na OAB e na Receita Federal
O advogado PJ deve realizar o registro da sua empresa junto à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e na Receita Federal, onde será emitido o CNPJ.
Além disso, é necessário registrar a empresa na Junta Comercial e obter o alvará de funcionamento, caso necessário.
4.Contratação de uma contabilidade especializada
Uma vez formalizado o CNPJ, é fundamental contratar uma contabilidade especializada em advogados PJ para garantir que todas as obrigações fiscais e contábeis sejam cumpridas corretamente.
Vale a pena ser advogado PJ?
Com base nas vantagens e desvantagens apresentadas, é possível afirmar que, para muitos profissionais, vale a pena ser advogado PJ.
A redução da carga tributária, a possibilidade de emitir notas fiscais, a maior credibilidade no mercado e a oportunidade de expandir o negócio são fatores que pesam a favor dessa decisão.
No entanto, é importante avaliar as necessidades do seu escritório de advocacia e contar com o apoio de uma contabilidade especializada para garantir que a migração para advogado PJ seja feita de forma correta e vantajosa.
Conclusão
Ser um advogado PJ pode trazer diversos benefícios, desde a economia tributária até a possibilidade de expandir o seu negócio jurídico.
No entanto, é fundamental realizar uma análise criteriosa sobre os custos e a burocracia envolvida, além de contar com o suporte de uma assessoria contábil qualificada.
Se você está pensando em migrar para o modelo de advogado PJ, entre em contato com a Pavon Inteligência Contábil.
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